TREINO CANINO

O adestramento canino define-se como o ensinamento de comandos ou de ações que não são necessariamente naturais ao cão, aumentando a comodidade do animal com o ambiente enquanto modifica os impulsos incompatíveis com as necessidades humanas, ou mesmo necessidades animais. Impulsos como latir descontroladamente e cavar incessantemente são dois exemplos desses comportamentos. O treino em si, é definido pela mudança propositada do comportamento canino.

Adestramento de cães é uma aplicação da análise do comportamento que usa os eventos do ambiente e suas consequências para modificar o comportamento do cão, tanto para auxiliar em atividades específicas, tomar ações particulares ou até mesmo, nalguns casos, para participar efetivamente da vida doméstica contemporânea ex: treino de proteção.

Um cão aprende através das interações com o seu ambiente.  Sendo esse por meio do condicionamento clássico, que é oriundo de formas de associação entre dois estímulos; adestramento não-associativo, onde o comportamento é modificado através da habituação ou sensibilização; e condicionamento operante, em que as formas de associação são feitas entre um antecedente e uma consequência.

A essência do adestramento canino passa por criar um cão social e equilibrado ensinando comportamentos fundamentais que facilitam a comunicação entre o cão e o dono. Um cão educado e treinado em obediência básica é um animal com auto controlo e com regras permitindo assim o convívio com outros animais e pessoas. Pretende-se treinar o cão para a família de modo a ter um animal mais calmo, relaxado e confiante.

Normalmente quando se fala em treino canino assume-se situações generalizadas como: Sentar, deitar ou dar a pata, mas a verdade é que o adestramento canino pode ser terapêutico em situações de comportamento animal agravado que dificultam a vida aos seus donos.

Normalmente este problema ocorre quando os cães são separados precocemente da mãe e dos irmãos que, naturalmente seriam responsáveis por essa aprendizagem. Assim, o dono passa a ter essa função.

Normalmente, este problema está relacionado com o anterior mas agravado pelo facto dos donos terem medo do animal e este aprender a usar isto a seu favor de forma a atingir o que pretende, claro em que há casos que a biologia do animal e factores externos o condicionam dessa forma, o adestramento tem-se revelado muito positivo neste tipo de animais.

Normalmente está relacionado com um vínculo muito forte do cão com o proprietário que não se quebra a tempo quando este chega à idade adulta. Normalmente são proprietários que inconscientemente reforçam o problema porque também eles são muito apegados ao seu animal. Muitas vezes optam mesmo por não deixar o animal sozinho para que ele não fique “triste” em vez que procurar uma solução. Há muitos esquemas terapêuticos que ajudam o animal nesse sentido.

É um tipo de agressividade que acontece muito entre cães e pessoas da família. Inicialmente a família assume ser uma agressividade inocente até que o problema se agrava e inclusivamente haja consequências mais graves.

Normalmente acontece quando um dos cães da mesma família entra na idade adulta ou há a morte de um elemento dentro da hierarquia e por consequência há disputas para estabelecer novamente hierarquias. Dá-se tanto em machos como fêmeas.

Nem sempre um cão tolera bem a chegada de um bebé ou posteriormente, quando o bebé começa a ter um contacto voluntário com o cão. Actualmente adoptam-se cachorros que são muitas vezes tratados como crianças pelo proprietários e este tipo de relação tão forte dificulta a entrada de novos membros na família.

Um dos problemas mais comuns relatados pelos donos de cães passa por dificuldade em passear o animal, quer por este puxar excessivamente a trela, ou por ficar ansioso demais pelo passeio tornando todo o processo uma disputa constante de força. Esta situação normalmente decorre em virtude de duas possibilidades: uma má experiencia do animal com as trelas/coleiras, levando a uma relação condicionada e tensa com a mesma, ou por falta de hábitos de disciplina quando há passeios com o cão por parte do dono. Um cão sabe manobrar esta falta de disciplina no dono a seu favor. Os fatores externos são de extrema importância a presença de pessoas e outros animais nos passeios, sendo que a firmeza do dono deve ser incontestável nesta situação pois pode evitar possíveis conflitos. O adestramento canino ajuda os animais a terem uma relação mais calma as trelas potenciando assim mais confiança ao dono e por consequência ao animal.

Este tipo de animal caracteriza-se por ter comportamentos compulsivos e por um comportamento cronicamente agitado (ex: dermatite por lambedura); coprofagia (ingestão de fezes): evacuação em local impróprio (fezes e urina), Revelam medos e fobias a barulhos, objectos e pessoas Latem em excesso e perseguem objectos, pessoas e animais; Revelam agressividade por medo ou dominância; Não aceitam o manuseamento; tem medo de veterinários Uma intervenção precoce e uma boa socialização ajuda a prevenir problemas e distúrbios comportamentais graves, e nunca é tarde para intervir, independentemente da idade do seu animal.